Foudre: De
Foudre:
km Régler le rayon pour la géolocalisation
Chercher

PICASSO: MÃO ERUDITA, OLHO SELVAGEM

PICASSO: MÃO ERUDITA, OLHO SELVAGEM

Com um vasto volume de trabalhos do artista espanhol, pertencente ao Musée National Picasso-Paris, a importante exposição organizada pelo Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, traz peças que guardam uma relação muito particular de Picasso com a sua obra, já que foram selecionadas e mantidas por ele ao longo de sua vida. Estas obras que viveram ao seu lado integram agora a coleção do museu francês cujo acervo picassiano é um dos mais importantes do mundo, proveniente principalmente de duas doações sucessivas efetuadas pelos herdeiros do pintor em 1979 e 1990. Apenas dois dos trabalhos apresentados na mostra vieram originalmente do acervo de Dora Maar, adquiridos posteriormente pelo museu.
“Picasso: mão erudita, olho selvagem”, com curadoria de Emilia Philippot, curadora também do Musée National Picasso-Paris, é composta por 153 peças, sendo a grande maioria inédita no Brasil, que traçam um percurso cronológico e temático em torno de conjuntos que seguem as principais fases do artista, desde os anos de formação até os últimos de produção. São 116 trabalhos do mestre espanhol – 34 peintures, 42 desenhos, 20 esculturas e 20 gravuras -, além de uma série de 22 fotogramas de André Villers realizados em parceria com Picasso. Completam a mostra, 12 fotografias de autoria de Dora Maar, três de Pirre Manciet e filmes sobre os trabalhos e seus processos de realização.
Conforme afirma a curadora, a exposição fundamenta-se na relação especial mantida pelo artista com suas próprias obras. “Esta ligação íntima e pessoal, que irriga toda a produção de Picasso, transparece de forma diferente de acordo com os vários períodos: retratos íntimos da mãe do artista ou de seu primeiro filho, Paul, celebração apaixonada da sensualidade feminina de Maria-Thèrèse Walter, denúncias intransigentes dos males causados pelos conflitos contemporâneos, da Guerra Civil Espanhola ou da Ocupação da França pelas tropas alemãs”, destaca Philippot. “Segundo a curadora, ainda, seja qual for o assunto abordado, por todos os lados se percebe, além das formas, as experiências vividas por Picasso.” Os laços afetivos do amante, as dúvidas do homem, as alegrias do pai de família, os compromissos do cidadão: tudo se introduzia em sua arte.A mostra vai até 14 de agosto de 2016. Matéria completa na edição de maio. Foto: As banhistas 1918, 26,3×21,7 cm, óleo sobre tela, obra do Museu Picasso, Paris